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Há tempo não caminho por aqui

Costumava caminhar por essa estrada, nunca havia reparado que à beira da estrada existia umas ervas daninhas de flores tão belas, sabia que tinha, mas sinceramente nunca havia dispensado um olhar para elas, só via o verde.
Eu caminhava todos os dias na mesma estrada, nunca havia percebido o vasto campo, sequer me dado conta que era um campo de flores, flores amarelas, só sabia que era um campo.
Eu fazia o mesmo percurso todos os dias, nunca havia visto aquela árvore tão frondosa de flores tão lindas que caiam no chão e formavam um lindo tapete. 
Eu passava por esse caminho todos os dias e nunca havia reparado que o céu ao longe parecia encontrar-se com a terra e que o colorido ao fim da tarde é de um alaranjado espetacular.
Eu fazia esse mesmo caminho todos os dias e só sentia um vazio devastador, não fazia ideia da beleza do caminho ao meu redor. Precisei cair e ralar o joelho para avistar que as ervas daninhas eram lindas com as suas flores, únicas, de beleza incomparável. Precisei sentir a dor da queda para ver o campo de flores amarelas e sentir o frescor da sombra da árvore frondosa, com o joelho ralado e sangrando consegui perceber o azul celeste e perfeito daquele imenso céu, que parecia tocar a terra, consegui ver que ao entardecer ele, o céu, ficava alaranjado.
 A queda me permitiu observar tudo ao meu redor e consegui ver a beleza do caminho que eu costumava passar todos os dias. Respirei, levantei e resolvi seguir com a caminhada, mas agora apreciando tudo pelo caminho, o joelho está quase sarando, ainda requer cuidado, mas está quase cicatrizado.

Vall Santos




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